quarta-feira, 20 de novembro de 2013

Passeio em Cabanas


No domingo 03 de novembro alunos da 2ª série “A” do CEJMS estiveram no povoado Cabanas, no município de Araguatins. A visita ao povoado ocorreu por intermédio da professora Solange Elizângela, que mora em Cabanas e esteve exercendo funções docentes no colégio por alguns meses. A visita ainda foi também motivada pelo interesse que a aluna Iraene tem em mapear e elaborar um roteiro turístico e cultural na região, tema de seu futuro projeto com o qual pretende concorrer a uma vaga no programa Jovem Deputado do Tocantins.

O povoado Cabanas, enquanto qualquer outro aglomerado humano, dispõe de características que se distinguem das demais comunidades rurais, a começar pela homogeneidade de sua composição – apenas cristãos que compartilham das crenças do grupo habitam a localidade. Semelhantes em muitos aspectos aos adventistas urbanos, distinguem-se destes pela indumentária mais conservadora e barba típica de certos grupos sabatistas, além da abstinência total de alimento de origem animal. A constituição da comunidade, isolada dos centros urbanos, obedece a uma perspectiva escatológica que compreende serão os cristãos genuínos num futuro próximo submetidos a relações em que terão que compactuar com a besta do apocalipse, a menos que estejam isolados a ponto de não dependerem dessas relações. Neste sentido, é provável que a autossubsistência seja uma alternativa válida para que o isolamento ocorra de modo mais efetivo.


Anualmente os moradores celebram a Festa das Cabanas, geralmente nos meses de setembro ou outubro, uma espécie de corresponde atual da Festa dos Tabernáculos dos hebreus, descrita no Antigo Testamento. A ocasião é propícia ao conhecimento mais aprofundado dessa comunidade, que em alguns aspectos lembra os Amish norte-americanos. Os sabatistas de Cabanas não têm, entretanto, aversão às tecnologias como os amish, que chegam a rejeitar o automóvel, inclusive.

Além dos aspectos sociais e de religiosidade que caracterizam os moradores de Cabanas poderíamos mencionar ainda a proximidade com o rio Araguaia e banhos em córregos que sangram a região. É possível ainda perceber um meio ambiente marcado pela presença de algumas árvores que contrastam com o babaçu que conseguiu sobreviver à preparação de terras para criação de gado.


A viagem dos alunos foi acompanhada pela coordenadora pedagógica Ivone Leal e o professor Francisco Sulo.
Texto: Francisco Sulo.

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